06 setembro 2015

Compartilhar .mp3 e outros arquivos é crime? E por que fazê-lo?

Todo mundo que já concluiu o ensino fundamental e médio ou que debatem a respeito da pirataria devem conhecer a figura abaixo, sim é o Paulo Coelho, ou no caso, "Paulo Rabbit", um dos escritores mais conhecidos de todo Brasil.
Toda vez que alguém baixa um livro desse cara ou compra ele pensa "Paulo no seu cu e dinheiro no meu bolso" (#PraçaContrataNós) (#SalveCazalbéDeNóbrega). Desce texto aê, Paulão:

Tava conversando com um coleguinha ontem e surgiu essa reflexão hoje.

O texto abaixo foi editado, retirei alguns pedaços para reduzir o tamanho do post. Confira na íntegra clicando AQUI.
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Pirateiem Meus Livros.
"A “pirataria” é o seu primeiro contato com o trabalho do artista: se essa ideia for boa, você gostará de tê-la; uma ideia consistente dispensa proteção.
Nada contra ganhar dinheiro com livros: eu vivo disso. Mas o que ocorre no presente? A indústria se mobiliza para aprovar leis contra a “pirataria intelectual”.
E eu com isso? Como autor, deveria estar defendendo a “propriedade intelectual”. Mas não estou. Piratas do mundo, uni-vos e pirateiem tudo que escrevi
A época jurássica, em que uma ideia tinha dono, desapareceu para sempre. Primeiro, porque tudo que o mundo faz é reciclar os mesmos quatro temas: uma história de amor a dois, um triângulo amoroso, a luta pelo poder e a narração de uma viagem. Segundo, porque quem escreve deseja ser lido -em um jornal, em um blog, em um panfleto, em um muro. 
Quanto mais escutamos uma canção no rádio, mais temos vontade de comprar o CD. Isso funciona também para a literatura: quanto mais gente “piratear” um livro, melhor. Se gostou do começo, irá comprá-lo no dia seguinte -já que não há nada mais cansativo que ler longos textos em tela de computador
1 – Minha família, meus professores, todos diziam que a profissão de escritor não tinha futuro. Comecei a escrever -e continuo escrevendo- porque me dá prazer e porque justifica minha existência. Se dinheiro fosse o motivo, já podia ter parado de escrever e de aturar as invariáveis críticas negativas
2 – A indústria dirá: artistas não podem sobreviver se não forem pagos. A vantagem da internet é a divulgação gratuita do seu trabalho
Em 1999, quando fui publicado pela primeira vez na Rússia (tiragem de 3.000 exemplares), o país logo enfrentou uma crise de fornecimento de papel. Por acaso, descobri uma edição “pirata” de “O Alquimista” e postei na minha página. Um ano depois, a crise já solucionada, eu vendia 10 mil cópias. Chegamos a 2002 com 1 milhão de cópias; hoje, tenho mais de 12 milhões de livros naquele país. 
Quando cruzei a Rússia de trem, encontrei várias pessoas que diziam ter tido o primeiro contato com meu trabalho por meio daquela cópia “pirata” na minha página. E minhas vendagens só fazem crescer -cerca de 140 milhões de exemplares no mundo. 
Quando você come uma laranja, precisa voltar para comprar outra. Nesse caso, faz sentido cobrar no momento da venda do produto. No caso da arte, você não está comprando papel, tinta, pincel, tela ou notas musicais, mas, sim, a ideia que nasce da combinação desses produtos
A “pirataria” é o seu primeiro contato com o trabalho do artista. Se a ideia for boa, você gostará de tê-la em sua casa; uma ideia consistente não precisa de proteção. O resto é ganância ou ignorância." 
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Agora que Paulinho já falou, vamos às perguntas frequentes e argumentos revoluciotários.

1º "Mas é crime ou não é?"
- Estamos acostumados a ver em avisos de filmes “é proibida a reprodução parcial ou integral desta obra” e blá blá blá. Porém, o que estes avisos não expõem é que essa reprodução é proibida quando possui intuito de lucro (com o trabalhos dos outros). Mas ocultar isso por quê? Simples, desinformar e amedrontar quem faz download ou faz uma cópia do material. Segura o Artigo 184 do código Penal Brasileiro.
"§ 1º Se a violação consistir em reprodução total ou parcial, com intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, de obra intelectual, interpretação, execução ou fonograma, sem autorização expressa do autor, do artista intérprete ou executante, do produtor, conforme o caso, ou de quem os represente: (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)."
2º "Você defende isso porque não é seu trabalho! Duvido que gostaria que copiassem uma postagem sua."
- Como já deixei de maneira bem simples e fácil de entender, seja Copyright e Copyleft, ou Copy qualquer coisa, tu pode copiar tudo, isso mesmo, TUDO daqui, só peço que citem o blog.

Inclusive já encontrei sim, pelo menos umas 3 cópias de postagem daqui. E aí? Deixa fluir! Isso aqui é tudo nosso, quem faz a rede somos nós, computadores não tem senso crítico e nem opinião.

3º "Ah, Mas que vantagem o artista ganha com isso?"
- Pergunta bem importante. Várias bandas e grupos musicais apoiam o download gratuito de seu trabalho e ainda postam em seus sites, principalmente dentro do Punk (A banda Pense é um exemplo) e RAP (Criolo, também), mais um dos motivos pra não pagar pau para Metalzinho conservador.

Para o artista:
- Possibilidade de divulgação gratuita e mundial do seu trabalho. Basta olhar as sub-celebridades que aparecem da noite para o dia.

Para quem gosta do trabalho feito:
- Torna o trabalho acessível a um grande público (mundialmente);
- Acessibilidade a quem não pode ter acesso à mídias físicas ou comparecer aos shows;
- Prévias ótimas para quem pode e deseja adquirir os produtos da banda ou comparecer nos shows;
- É ecologicamente correto (Greenpeace apoia) [Brinks, ou não].

4º "Ah, Mas se o artista não quiser compactuar com isso?"
- Ninguém é forçado a isso, caso não concorde com o compartilhamento do material basta divulgar uma nota ou entrar com ação contra quem o fez (Embora seja meio babaquice).

5º "Muitos artista param de trabalhar com arte por problemas financeiros! Culpa de blogs como o seu."
- Culpe as gravadoras, coleguinha. Dá uma olhada nas bandas que faliram por questões financeiras e verá que grande parte reclama da exploração tremenda que sofrem pelas gravadoras. O Angra, mesmo está aí de exemplo.

E outra e mais importante, nenhum arquivo aparece aqui do nada, não sou eu que coloco o material aqui e nem o dono do outro blog, nós somos os menos responsáveis por isso, advinha quem coloca o material disponível aqui na internet. Isso mesmo, quem possui o material original. Quem compra o CD ou DVD, baixa e instala um programa de "ripagem" e copia o material para o computador. Eu apenas encontro o material e reúno aqui. Aliás, obrigado a você que contribui com os blogs.

Quer me processar? Processa o CDexEncoderFreeRIP etc.

6º "Se vocês compartilham aqui o CD, a pessoa não vai querer comprar!"
- Uma banda lança várias versões de um mesmo álbum por quê? Para atrair público, para vender, para ter um diferencial, quem ganha com isso? Ambos, quem vende e quem compra.

Ao invés de reclamar do compartilhamento de arquivos, pensa em criar um material exclusivo para quem compra as mídias físicas. Afinal, ninguém pirateia vinis, camisetas, braceletes, adesivos, imã, posters, bandeiras, cards etc.

Tem muita banda, muita mesmo que possui débito eterno com a internet, ou melhor, com os internautas.

7º "Quais vantagens de comprar a mídia física?"
- Qualidade de áudio ótima (já que grande parte dos downloads vêm com qualidade baixa);
- Garantia de compra do produto caso apresente algum defeito;
- Material exclusivo como faixas bônus, cards, camisetas etc.
- Apoia diretamente o trabalho da banda;
- Possui a lista de músicas com durações certas, sem alterações;
- Tem o material disponível para ouvir quando quiser e onde for;
- Não depende de armazenamento de computador, smartphone etc.
- Tem acesso aos Booklet, blocos com imagens e letras das músicas.

Entre outras vantagens.

8º "A pirataria/compartilhamento de arquivos vai acabar um dia?"
- Sabe de nada, ingênuo.
Enquanto houver streaming (ouvir online) terá download.
Enquanto houver CD e DVD terá download.
Enquanto houver Rádio terá download.

Visto que há milhões de blogs e sites espalhados pelo mundo e a cada minuto dezenas ou centenas (ou mais) são criados, achar que a pirataria ou compartilhamento acabará é no mínimo inocência e ignorância.

Acabará com isso o dia que todo material se tornar acessível a todos.

Ah, se tu é liberal e é contra o compartilhamento de arquivos, tu é só mais um cuzão.

Games e Música? Combinação perfeita!

    Olá, visitantes do blog. Hoje, ao invés de postar mais uma discografia, vou fazer algo diferente. Não sei se vocês também são loucos por games, mas eu adoro essa arte, e uma das coisas que mais me chamam a atenção quando eu jogo são as trilhas sonoras dos jogos. Aquelas músicas digitalizadas que ficam em nossa cabeça, que nos fazem assobiar depois de uma jogatina. Os jogos mais antigos (da época do Super Nintendo, Mega Drive e etc) tinham músicas que até hoje não saem da minha cabeça. Por isso, mesmo com os consoles mais atuais, ainda prefiro os games antigos.

    Há algum tempo, pesquisando um pouco na nossa fonte primária de vídeos, o YouTube, achei músicas tocando essas trilhas sonoras em seus respectivos instrumentos. Como um guitarrista e amante de músicas e games, fiquei maravilhado com aquelas recriações. Por isso, decidi trazer umas aqui pra vocês.

    Como há muitos canais que se dedicam a recriar essas música, pretendo dividir esse post em algumas partes, mas apenas se a recepção desta primeira parte for boa. Se não, paro por aqui mesmo. Vamos lá?


    Esse músico que se intitula como "GuitarWanker90" foi um dos primeiros que eu ouvi. Imagino que ele seja finlandês já que em um de seus vídeos está escrito "Helsinki, Finland". Sobre seus covers, são músicas de jogos recriadas a fim de serem músicas de Metal. Em seus vídeos, ele mostra a fase a qual a música pertence sendo jogada no fundo e, em primeiro plano, ele tocando as guitarras base e solo e o baixo, e seu canal ainda está ativo. Com recriações bem fiéis às músicas originais e um som bem pesado, esse cara com certeza manda muito bem!

Megaman X - Storm Eagle Theme

    Clique em "ver todos os álbuns" para continuar descobrindo esses músicos!

Verificar a Qualidade Real das Músicas?

1º Escolha a música e verifique sua qualidade (taxa de bits/Bitrate);

2º Baixe e instale o Spek (http://adf.ly/1NeLjG);
3º Arraste a música até o Spek e solte-a;
4º Confira a frequência de kHz (ao lado esquerdo) no Spek;

5º Confira a qualidade na tabela:
kHz Taxa de bits
11 64 kbps
16 128 kbps
19 192 kbps
20 320 kbps
22 500 kbps
22+ 1000 kbps (Geralmente)

6º Vamos ter que converter a música (caso a qualidade no Spek seja diferente da que a música apontou [No Passo 1]).

Para isso usaremos o Freemake Video Converter (http://adf.ly/1NeLiW).

Facção Central [Discografia]

Um dos grupos de Rap (Não, não é tipo Emicida e Projota, muito menos Eminem) mais conhecido do país, Facção Central é uma daquelas bandas que te fazem sentir orgulho de ser brasileiro.

Formada na cidade e estado de São Paulo, Brasil, no ano de 1989, Facção alcançou tanto pela agressividade de suas letras quanto pela censura sofrida.

A primeira formação do grupo contou com os seguintes integrantes:
  • Nego
  • Jurandir
  • Dj Garga
Posteriormente sai esses integrantes e entram Carlos Eduardo (Eduardo), Washington Roberto Santana (Dum Dum) e “Erick 12”.

   Assim como a maioria dos integrantes de grupos de Rap, os membros do Facção vieram da favela, convivendo desde sempre com o tráfico a cada esquina, violência institucionalizada do Estado por parte da polícia, pobreza, cadeia e o resto que a gente confere em todo morro.
   Passar por problemas todos nós passamos, a diferença é o que fazemos com eles, e o grupo tomou os desafios como fonte de inspiração.

Facção não fala de romance, fala: 
  • Dos prejudicados que herdaram apenas a escravidão; 
  • Do menino que vê seus pais sem comer para não deixar os filhos com fome; 
  • Das crianças que se espelham no traficante porque não veem mais ninguém bem sucedido ali;
  • Do que o crime dá e o quão alto é o preço que ele cobra;
  • Que “O sistema tem que chorar, mas não com você matando na rua, o sistema tem que chorar vendo a sua formatura”;
  • Dos “Cuzão que critica: ‘Facção é pessimista’, não sabe quanto custa 6 anos de medicina”;
  • Que “Vitória não é carro, dinheiro e vagabunda, é injetar ódio no cérebro do conformado, informação no desinformado e autoestima no derrotado”;
  • Que “Não vejo um puto lutando pra favela ter escola, só pra me trancar e jogar a chave fora”;
  • Que “Não pôs no quarto e cozinha um azulejo, só alegrou traficante que quis o seu cachimbo aceso, você mesmo imprimiu santinho com a sua foto, infelizmente é Facção conversando com os mortos”;
  • Que “Não é pra curar AIDS e câncer a tecnologia, é pro internauta trocar foto de pedofilia. Só vejo a solução eficaz no nosso caso, um meteoro tipo aquele que extinguiu os dinossauros”;
  • Que “Abraça que foi abolida a escravatura, conta os pretos na TV, no outdoor da rua”;
  • Que “Não quero o poder que o sistema oferece através do refém, cuzão fazendo prece, quero o nome na calçada da fama sem morte, ser exemplo de vitória sem fuzil no carro forte”;
  • Não é simplesmente música, é manual da vida, injeta ânimo no peito.
É claro que com letras denunciando os podres da polícia, do governo e de outros, as ameaças e censuras não demorariam a chegar, e foi o que ocorreu. Ameaças por telefone, censura em rádios e até prisão por segundo o Ministério Público “apologia ao crime”.

   Versos Sangrentos, álbum de 1999, é o destaque, o vídeo “Isso aqui é uma guerra” conseguiu parar quase que o país. No vídeo é mostrado Eduardo, Dum Dum e outros assaltando residências, roubando carros e o que parece um banco ou algo do tipo. Rola cenas com eles chutando os reféns e matando uma mulher.

“[...] Vai se foder, descarrega essa PT
Mata o filho do boy como o Brasil quer ver
Esfrega na cara sua panela vazia
Exige seus direitos com o sangue da vadia
É a lei da natureza, quem tem fome mata
Na selva é o animal, na rua é empresário,
Inconsequente, Insano, doente.

[...] Quer seu filho indo pra escola e não voltando morto?
Então meta a mão no cofre e ajude nosso povo
Ou veja sua mulher agonizando até morrer
Por que alguém precisava comer.
ISSO AQUI É UMA GUERRA!”

   O álbum até passou, mas o vídeo foi censurado por “Apologia ao crime” e o grupo foi preso. O vídeo ficou no ar durante cerca de seis meses e rodou até na MTV, um dos motivos que acelerou ou causou sua censura.
   Eduardo foi a alguns programas de TV (Como o da Sônia Abrao e do João Gordo) e deu várias entrevistas, nas quais justifica o grupo dizendo que no fim do vídeo os dois criminosos pagam por ter entrado no crime, um é preso e o outro acaba morto. Justificativa que eu, particularmente achei bem convincente. Mas já sabe como são autoridades e governo aqui, né?!
   Uma das coisas que mais me chamaram a atenção nessas entrevistas foi o João Gordo ter dito que o clipe e a letra eram muito cru, muito violento e que isso fazia sim apologia ao crime. João Gordo, isso mesmo, integrante do Ratos de Porão dizer isso, ou foi ordem de quem está por cima ou hipocrisia pura.

   Parece que o Facção guardou o ódio da censura pra lançar o álbum A Marcha Fúnebre Prossegue (Um dos melhores, se não o melhor), que se inicia com uma introdução contendo um conjunto de notícias (de vários telejornais) falando sobre a censura.
   O álbum segue com a música Dia Comum, que fala da violência policial, sobre no geral, crime e as consequências de não reduzir a pobreza/miséria.

“Um Deus dividido por duas orações
Uma vítima ajoelhada implora pela vida
O ladrão nervoso, trêmulo, não quer a algema da polícia
A fome e a miséria mostram o fruto
Que a sociedade vai colher. 

O carro preto e branco chega.
O homem bom, o homem da lei, que só atira na cabeça de pobre,
Só da tapa na cara, só derruba porta de barraco.

[...] O filho da imigrante lavadeira sangra perto da porta giratória. 
Ninguém chora. Risadas, alívio. A cena de terror tem contorno de heroísmo e novela de final feliz.”

A Guerra Não Vai Acabar, simplesmente uma das melhores do álbum. É uma resposta à censura do vídeo.

“Aí, promotor, o pesadelo voltou
Censurou o clipe, mas a guerra não acabou;
Ainda tem defunto a cada 13 minutos;
Tem  cidade entre as 15 mais violentas do mundo.

[...] Destaque da TV, sensacionalista,
Que filma sem pudor o trabalho da perícia.
Contando buraco no crânio do corpo do pai morto,
Pela Glock que o sistema porco põe no morro.
Mas pra mim é 286 [código penal: “Apologia ao crime”] quando falo do sangue que escorre do pescoço do vigia,
Dentro do carro forte, enquanto descaso pra periferia
Transformar meu povo em carniça, tem facção na pista, sanguinário na rima

[...] Pode censurar, me prender, me matar
Não é assim promotor que a guerra vai acabar”

Depois dessas tantas polêmicas, aparece mais uma, em março de 2013, Eduardo posta no Youtube um vídeo dizendo que devido alguns conflitos sairia do grupo. Informando que deixou o Facção, mas não o Rap, tanto que já lançou CD duplo.

Após a saída de Eduardo, entra Moysés (pra abrir os caminhos do Facção), grava algumas músicas e saí do grupo, disse que enxergava a guerra de maneira diferente de Dum-Dum. A partir daí Dum-Dum é o único que carrega o Facção.

Lembrando que todas as letras no período em que Eduardo participou do grupo foram compostas por ele.

Fonte (Acesso em 4/9/15):

[1994] Juventude de Atitude
01. Somos Assim
02. Atrás Das Grades
03. Vida Baixa
04. A Malandragem Toma Conta
05. Artista Ou Não?
06. Pilantras
07. Roube Quem Tem
08. Fone Maldito